Maker (MakerDAO) é um dos maiores e mais antigos protocolos de DeFi executados na blockchain Ethereum. Foi lançado em 2014 por Rune Christensen com uma campanha de arrecadação de fundos de grande sucesso em 2017, que atraiu US$ 12 milhões de nomes como Andreessen Horowitz. A plataforma lançou uma nova maneira de emitir uma stablecoin descentralizada, chamada DAI, que é vinculada ao dólar americano, mas sem a necessidade de qualquer autoridade centralizada ou lastro em dólares americanos reais.

Em vez de usar garantias tangíveis, como dólares em um banco, Maker utiliza ativos garantidos na forma de outras criptomoedas. Seu principal objetivo é garantir que o valor de DAI permaneça o mais próximo possível de US$ 1, possibilitando uma alternativa descentralizada às stablecoins tradicionais.

Whitepaper:https://makerdao.com/en/whitepaper/#overview-of-the-dai-stablecoin-system

Site oficial: https://makerdao.com/

Posições de dívida colateralizada (CDPs)

Para emitir DAI, um usuário deve primeiro bloquear uma certa quantia de criptomoeda como garantia, conhecido no protocolo como posições de dívida colateralizada (CDPs) O usuário pode então emitir uma certa quantidade de DAI, determinada pelo valor e taxa de garantia definida pelo protocolo Maker.

Mecanismo de estabilidade

A chave para garantir que DAI mantenha sua vinculação ao dólar americano está nos incentivos e penalidades do sistema. Se o preço de DAI ficar acima de US$ 1, os usuários serão incentivados a emitir mais DAI abrindo uma CDP, pois poderão lucrar com a diferença de preço. Por outro lado, se o preço de DAI estiver abaixo de US$ 1, os detentores de CDP terão um incentivo para comprar DAI e pagar sua dívida, reduzindo a oferta e possibilitando que o preço volte a subir.

Liquidação

Caso o valor da garantia caia muito (abaixo de um limite definido), o CDP será liquidado. Isso significa que a garantia será automaticamente vendida para garantir que o valor de DAI permaneça estável. Esse mecanismo protege os detentores de DAI da possível volatilidade da garantia subjacente.

Governança e gestão de risco

O protocolo Maker não é estático, assim ele pode ser atualizado e modificado. As decisões sobre mudanças, como quais ativos podem ser usados como garantia ou os parâmetros de risco definidos para esses ativos, são tomadas pelos detentores do token MKR.

MKR é o token de governança do protocolo Maker. Ao contrário de DAI, que pretende manter um valor estável, o MKR é um ativo volátil que atende a várias finalidades.

- Governança: os detentores de MKR têm direito de votar nas alterações propostas para o ecossistema Maker. Isso inclui decisões sobre os tipos de garantia a serem aceitos, atualizações do sistema, parâmetros vitais e de risco do protocolo e outros.

- Pagamento da taxa de estabilidade: quando os usuários encerram seus CDPs, eles precisam pagar uma taxa de estabilidade. Essa taxa é paga em MKR que é queimado após o pagamento, reduzindo a oferta total.

- Backstop do sistema: em casos extremos em que a garantia do sistema não cobre o valor de DAI em circulação, MKR é emitida e vendida no mercado para levantar fundos necessários para cobrir o déficit. Esse mecanismo funciona como o último recurso do sistema, mas também significa que os detentores de MKRs assumem a responsabilidade financeira se as coisas derem errado.

Maker impactou o setor financeiro ao lançar o conceito de stablecoins descentralizadas, como a DAI. Diferentemente das finanças tradicionais, que dependem de instituições centralizadas para emitir e regular, DAI é supercolateralizada por outras criptomoedas, garantindo estabilidade sem a necessidade de supervisão centralizada. Essa inovação democratizou o acesso aos serviços financeiros, possibilitando um sistema mais inclusivo e transparente. Além de sua stablecoin, o protocolo Maker foi pioneiro em novos instrumentos financeiros e modelos de governança, com objetivo de reformular as normas do sistema bancário tradicional. Sua influência aponta um movimento em direção a um ecossistema financeiro mais aberto, forte e econômico, abrindo caminho para mais avanços no setor das finanças descentralizadas (DeFi).

O preço de Maker (MKR) é influenciado por uma infinidade de fatores. O principal deles é seu papel na governança e estabilidade do protocolo MakerDAO (uma organização autônoma descentralizada) já que MKR é seu token de governança e desempenha um papel fundamental na manutenção da estabilidade da stablecoin DAI

Como um token de governança, MKR concede aos detentores o poder de votar em aspectos relacionados à taxa de garantia de CDPs, afetando diretamente qualquer previsão do preço de Maker. Além disso, seu valor está vinculado ao desempenho da stablecoin DAI. Existem mecanismos para emitir ou queimar MKR em resposta às oscilações de preço de DAI, uma estratégia que mantém seu vínculo com o dólar americano e influencia o valor de MKR.

Analisando o gráfico de preço de MKR, fica claro que seu histórico de preço foi impactado por seu papel pioneiro no setor de finanças descentralizadas (DeFi). Maker conta com um protocolo deflacionário, em que uma parte da taxa de MKR é queimada sempre que um contrato de CDP é fechado. Isso ajuda a manter um equilíbrio saudável entre oferta e demanda, influenciando assim a capitalização de mercado de MKR.

Além disso, a transparência e governança da comunidade promovida pelo protocolo, juntamente com sua perspectiva inovadora de token duplo destinada a mitigar a volatilidade, são fundamentais para moldar qualquer análise de preço da criptomoeda Maker (MKR). À medida que o setor de DeFi continua a crescer, como fica claro nas diversas notícias sobre o token, Maker pode ganhar cada vez mais espaço neste setor.